Cortar custos é uma prática importante dentro do controle financeiro que pode nos ajudar a aumentar a rentabilidade da nossa empresa. Saiba quando cortar e quanto cortar!
Recorremos à prática de cortar custos quando uma empresa está passando por dificuldades financeiras e pressões de mercado.
Nesse momento, é bastante comum vermos gestores e empresários cortando tudo o que vem pela frente na expectativa de equilibrar as contas e aumentar a margem de lucro. Mas, você sabia que cortar custos de qualquer maneira, sem estratégia, está longe de ser uma recomendação?
Pois é… Isso ocorre porque cortar os custos de uma operação importante, por exemplo, que não faz sentido cortar no momento, pode trazer mais efeitos negativos do que positivos para o controle financeiro.
E como saber qual é o melhor momento para cortar custos e quanto cortar? É o que descobriremos a seguir!
O que você vai encontrar neste artigo:
Como saber quando cortar custos?
Geralmente, recorremos ao corte de custos quando a empresa está com problemas de controle financeiro e os custos de operação estão se tornando muito altos ao ponto de impedi-la de ter lucro.
Porém, antes de sair cortando todos gastos por aí, precisamos avisar que só sair cortando tudo não é a resposta para solucionar o problema. É necessário que haja uma análise cuidadosa sobre o que envolve as operações de negócio para identificar onde podemos fazer o corte e porquê cortar.
Essa análise inclui:
- Verificar relatórios financeiros para identificar quais processos e áreas estão gerando mais custos;
- Avaliar os indicadores de cada setor para descobrir qual deles não está atingindo as metas;
- Analisar o cenário macroeconômico para entender como as condições econômicas externas podem impactar a empresa;
- Estudar as operações para descobrir processos redundantes, desperdícios e onde há sobrecarga de pessoal.
Fazer essa análise é importante porque ela vai nos dar mais inteligência financeira e segurança na tomada de decisão, e impedir que cortemos gastos e despesas de um setor ou área que pode, naquele momento, estar gerando resultados positivos para a empresa.
Por exemplo, você não gostaria de cortar investimentos em marketing que estão gerando leads e conversões, certo? Ao fazer isso, você pode estar sendo responsável por prejudicar a visibilidade da marca, diminuir a aquisição de novos clientes e, consequentemente, perder receita.
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Quanto de custos devo cortar?
Para responder a essa pergunta, deixaremos a parte mais analítica de lado para focar em números.
1- Quais são os custos fixos e variáveis?
Dentro dos nossos custos operacionais e não operacionais, teremos custos que ocuparão a categoria de custos fixos ou custos variáveis.
Os custos fixos permanecem constantes independentemente do volume de produção ou das vendas, logo, não podem ser alterados facilmente a curto prazo. E os custos variáveis flutuam de acordo com o volume de produção ou vendas, e portanto, podem ser reduzidos ou ajustados.
Precisamos separar esses custos para localizar quais deles poderão ser mexidos.
Os custos variáveis são causados pela venda de um produto ou serviço e devem ser proporcionais e ajustados a ele, em média os custos fixos devem representar no máximo em torno de 40% da receita líquida em uma indústria, 30% em um comércio e 20% em um serviço.
Já os custos e despesas fixos representam os pontos onde devemos nos mergulhar em análises e questionar sua necessidade. Com o crescimento da empresa, cargos e departamentos são criados, alguns com essencias urgentes, além disso áreas inteiras são criadas para responder a pontos vitais de um determinado momento.
Entretanto, essas necessidades não são revistas ao longo do tempo e a empresa tende e buscar a solução apenas em Faturamento e não em ajustar as saídas de custos e despesas fixas.
3- Quanto de custos cortar?
Depois de fazer o levantamento de quais desses custos são variáveis ou fixos, teremos que definir uma meta de redução de custos.
Aqui é muito importante que a porcentagem seja realista e alcançável para não criarmos expectativas irreais e gerar frustrações. Por exemplo, se você descobrir que há ineficiência de 15% nos custos operacionais, essa pode ser uma meta inicial.
4- Onde cortar?
Após definir a meta de redução (15% por exemplo), devemos direcionar nossas estratégias às áreas e operações onde podemos cortar custos.
De que forma faremos isso? Vamos usar o exemplo abaixo como base!
Digamos que uma indústria especializada na produção de bebidas identificou que os principais gastos estavam nas áreas de produção, armazenamento e logística. Para alcançar essa meta de redução de 15%, os gestores da empresa decidiram adotar três medidas:
- Otimizar o processo produtivo, com a atualização de seus equipamentos e a reestruturação dos turnos de trabalho, o que resultou em uma economia de 7% nos custos de produção.
- Reduzir desperdícios no armazenamento, com a implementação de um sistema de gestão de inventário, o que melhorou o controle do estoque e reduziu os custos com armazenagem em 5%.
- Melhorar a logística, planejando todas as rotas e consolidando cargas, o que diminuiu os custos com transporte e frete em 4%.
Essas ações, embora simples, fizeram com que a nossa indústria exemplo não só atingisse sua meta de redução de 15%, mas superasse suas expectativas ao alcançar uma redução total de 16% nos custos operacionais.
Por que saber cortar custos é importante para o controle financeiro?
Saber cortar custos não é apenas uma questão de reduzir gastos e despesas, como muitos pensam.
Se aplicada de forma estratégica, ela pode nos ajudar a aumentar a competitividade empresarial, minimizar os riscos em situações de crise, e garantir lucros sustentáveis por muitos anos. Ou seja, é necessária para manter a empresa viva!
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