Margem de contribuição: vamos falar sobre algo que pode mudar a forma como você vê seu negócio?
Quando pensamos em lucro, a primeira coisa que vem à mente é o que vendemos, certo? Mas, na verdade, o segredo está em um conceito que pode parecer chato à primeira vista: margem de contribuição.
O que você vai encontrar neste artigo:
O que é margem de contribuição?
Vamos direto ao ponto: a margem de contribuição é o que sobra da sua receita depois de pagar os custos variáveis, que são aqueles que mudam conforme você vende – como matéria-prima, comissões e fretes.
Esse valor que sobra é o que vai cobrir seus custos fixos (aluguel, salários, contas etc.) e, a partir daí, gerar lucro.
E por que entender a margem é importante?
Porque isso te dará uma visão bem clara de quais produtos ou serviços estão dando lucro e quais estão só drenando seus recursos.
Como calcular sua margem de contribuição?
Calcular a margem de contribuição é simples. Pegue a receita gerada e subtraia os custos variáveis. Esse é o valor que sobra para pagar as contas fixas e, finalmente, lucrar.
MC = Receita – Custos Variáveis
Quer refinar ainda mais a análise?
Divida esse valor pela receita total e você terá o índice de MC. Com esse dado, você pode comparar de forma mais fácil os desempenhos dos seus produtos ou serviços, já que ele expressa a contribuição em percentual.
Índice de MC = (Receita – Custos Variáveis) / Receita
Margem de contribuição vs. margem bruta
Agora, não vá confundir margem de contribuição com margem bruta porque são coisas diferentes. Enquanto a margem bruta leva em consideração todos os custos da produção (fixos e variáveis), a MC foca apenas nos custos variáveis.
Resumindo: a margem bruta te mostra o lucro total gerado pela operação, enquanto a margem de contribuição se assemelha mais ou menos a uma lente de contato: você consegue ver com mais clareza “o que” está impactando diretamente no seu lucro.
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8 motivos para você observar de perto sua margem de contribuição
1- Desvende o real impacto dos custos variáveis nos lucros
Monitorar sua margem de contribuição revela como os custos variáveis estão afetando seus lucros. Por exemplo, se sua margem aumenta, você pode estar controlando melhor seus custos ou otimizando processos. Se ela cai, é um sinal claro de que algo está errado e precisa ser ajustado.
Além disso, quando você consegue visualizar como os custos impactam diretamente o lucro de cada produto, fica mais fácil detectar gargalos. Talvez o seu processo de produção precise de ajustes, ou quem sabe os custos de frete estão subindo sem que você tenha percebido.
2- Conecte vendas, custos e lucros
Analisar a margem de contribuição junto com seus resultados de vendas e lucros brutos vai garantir uma visão completa do comportamento da sua empresa. Você consegue identificar como os custos variáveis estão impactando cada transação e avaliar se está na hora de mudar preços ou reduzir despesas.
Por exemplo, se um produto tem boas vendas, mas a lucratividade é baixa, você pode estar vendendo muito, mas ganhando pouco. Isso te leva a repensar a estratégia de preços ou até buscar formas de reduzir os custos variáveis
3- Chegue ao ponto de equilíbrio
Você sabe exatamente quando sua empresa começa a lucrar? O ponto de equilíbrio é atingido quando sua receita cobre todos os custos.
Com a margem de contribuição em mãos, você descobre quanto precisa vender para cobrir os custos fixos e começar a ver os números ficarem verdes.
A fórmula?
Ponto de Equilíbrio = Custos Fixos / Margem de Contribuição
4- Otimize sua estrutura de preços
Compreender a lucratividade também ajuda a identificar produtos que estão sendo vendidos abaixo do preço ideal e, ao mesmo tempo, te dá segurança para ajustar preços sem perder competitividade.
5- Avalie a lucratividade de diferentes canais de receita
Cada canal de venda, seja ele online, físico ou por atacado, tem uma margem de contribuição diferente. Ao analisar essa métrica por segmento, você consegue identificar então quais são os canais mais lucrativos e quais estão apenas consumindo recursos sem trazer o retorno esperado.
Pense, se as vendas online têm uma margem maior do que as vendas na loja física, pode ser interessante redirecionar parte dos seus recursos e marketing para o digital. Ao mesmo tempo, você pode descobrir que um produto vendido por atacado tem margens baixas, mas compensa pelo volume.
6- Tome decisões baseadas em dados
Esqueça o famoso “feeling” de gestão – com essa métrica, você tem dados reais nas mãos, o que permite que você faça escolhas fundamentadas, e não baseadas em suposições ou instintos.
Você pode usar a margem de contribuição para, por exemplo, determinar se é hora de aumentar o preço de um produto, ou então cortar custos em um processo específico. E mais: pode tomar essas ações com confiança, pois sabe que os números não mentem.
7- Identifique oportunidades de crescimento
Se um produto está performando bem e tem uma margem considerável, por que não explorar variações dele ou expandir a atuação para novos mercados?
Esse tipo de análise permite que você foque no que realmente traz retorno e, com isso, cresça de forma mais inteligente. Muitas vezes, o sucesso não está em aumentar o volume de vendas, mas sim em focar nos produtos certos.
8- Reduza desperdícios
Ao analisar os custos variáveis e sua relação com as receitas, você começa a identificar onde está jogando dinheiro fora. Isso pode ser em processos ineficientes, compras excessivas de matéria-prima ou até mesmo no tempo gasto com produtos que não dão retorno.
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Bater o olho em métricas como margem de contribuição pode dar um nó na cabeça se o seu back office não for afiado o suficiente para segurar a onda da gestão financeira.
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